segunda-feira, 28 de maio de 2012

Mulheres Curadoras



Erveiras, raizeiras, benzedeiras, mulheres sábias que por muito tempo andaram sumidas, ou até mesmo escondidas. Hoje retornam com um diploma de pós-graduação nas mãos e um sorriso maroto nos lábios. Seu saber mudou de nome. Chamam de terapia alternativa, medicina vibracional, fitoterapia, práticas complementares...são reconhecidas e respeitadas, tem seus consultórios e fazem palestras.
               
As mulheres curadoras fazem parte de um antigo arquétipo da humanidade. Em todas as lendas e mitos, quando há alguém doente ou com dores, sempre aparece uma mulher idosa para oferecer um chazinho, fazer uma compressa, dar um conselho sábio. Na verdade, a mulher idosa é um arquétipo da ‘curadora’, também chamada nos mitos de Grande Mãe.

Não tem nada a ver com a idade cronológica, porque esse é um arquétipo comum a todas as mulheres que sentem o chamado para a criatividade, que se interessam por novos conhecimentos e estão sempre a procura de mais crescimento interno. Sua sabedoria é saber que somos “obras em andamento’, apesar do cansaço, dos tombos, das perdas que sofremos... a alma dessas mulheres é mais velha que o tempo, e seu espírito é eternamente jovem.
               
Talvez seja por isso que, como disse Clarissa Pinkola, toda mulher parece com uma árvore. Nas camadas mais profundas de sua alma ela abriga raízes vitais que puxam a energia das profundezas para cima, para nutrir suas folhas, flores e frutos. Ninguém compreende de onde uma mulher retira tanta força, tanta esperança, tanta vida. Mesmo quando são cortadas, tolhidas, retalhadas, de suas raízes ainda nascem brotos que vão trazer tudo de volta à vida outra vez.

Por isso entendem as mulheres de plantas que curam, dos ciclos da lua, das estações que vão e vem ao longo da roda do sol pelo céu. Elas tem um pacto com essa fonte sábia e misteriosa que é a natureza,. Prova disso  é que sempre se encontra mulheres nos bancos das salas de aula, prontas para aprender, para recomeçar, para ampliar sua visão interior. Elas não param de voltar a crescer...

Nunca escrevem tratados sobre o que sabem, mas como sabem coisas! Hoje os cientistas descobrem o que nossas avós já diziam: as plantas têm consciência! Elas são capazes de entender e corresponder ao ambiente à sua volta. Converse com o “dente-de-leão” para ver... comunique-se com as plantas de seu jardim, com seus vasos, com suas ervas e raízes, o segredo é sempre o amor.

Minha mãe dizia que as árvores são passagens para os mundos místicos, e que suas raízes são como antenas que dão acesso aos mundos subterrâneos. Por isso ela mantinha em nossa casa algumas árvores que tinham tratamento especial. Uma delas era chamada de “árvore protetora da família”, e era vista como fonte de cura, de força e energia. Qualquer problema, corríamos para abraçá-la e pedir proteção.

O arquétipo de ‘curadora’ faz parte da essência do feminino, mesmo que seja vivenciado por um homem. Isso está aquém dos rótulos e definições de gênero. Faz parte de conhecimentos ancestrais que foram conservados em nosso inconsciente coletivo. Perdemos a capacidade de olhar o mundo com encantamento, mas podemos reaprender isso prestando atenção nas lendas e nos mitos que ainda falam de realidades invisíveis que nos rodeiam. Um exemplo? Procure saber mais sobre os seres elementais que povoam os nossos jardins e as fontes de águas... fadas, gnomos, elfos, sílfides, ondinas, salamandras...

As “curadoras’ afirmam que podemos atrair seres encantados para nossos jardins! Como? Plantando flores e plantas que atraiam abelhas e borboletas, gaiolas abertas para passarinhos e bebedouros para beija-flores. Algumas plantas ‘convidam’ lindas borboletas para seu jardim, como milefólio, lavanda, hortelã silvestrre, alecrim, tomilho, verbena, petúnia e outras. Deixe em seu jardim uma área levemente selvagem, sem grama, os seres elementais gostam disso. Convide fadas e elfos para viverem lá. Lembre-se: onde você colocar sua percepção e sua consciência, a energia vai atrás.

RITUAL PARA CRIAR UM CAMPO DE ENERGIA EM SUA CASA
 -  Escolha uma planta para ser a Planta Protetora de sua casa.
 -  Batize-a, perguntando-lhe o nome. O nome que vier à sua cabeça é este que ela está lhe falando. Isso é importante, porque você está estabelecendo um primeiro relacionamento com sua planta.
 -  Converse com ela, conte-lhe alguma coisa – pode ser um sonho, um desejo ou uma intenção para a energia de sua casa.
 -  Todas as vezes que for regar a planta, pense na sua intenção e reforce o seu propósito.
 -  Agradeça sempre pela energia que ela está emanando para sua casa. Diga:
Obrigada, Espírito da minha Planta Protetora, por você estar energizando essa casa. Este simples gesto significa que você confere existência e poder à sua Planta Protetora.
Mani Alvarez
Coordenadora do curso de pós-graduação
em Práticas Complementares em Saúde 
Este artigo foi publicado pelo jornal 100% Vida de maio/2012










quarta-feira, 23 de maio de 2012

A importância de se fechar os chakras



Hoje vamos falar sobre a importância de se fechar os chakras quando formos 
trabalhar com o outro (trabalhos energéticos) ou quando formos a locais onde podemos perder energia como hospitais e velórios.

Os chakras fazem a ligação entre os corpos sutis e o corpo físico. Quando os chakras não estão saudáveis corremos o risco de sofrermos invasão energética. Outra coisa que pode ocorrer, aliás com freqüência, é absorvermos o estado emocional de outra pessoa. Intuitivamente tentamos nos proteger quando nos sentimos ameaçados ao cruzarmos os braços na altura do plexo solar. O plexo solar bloqueado ou aberto demais nos deixa suscetíveis a vampirismo (roubo de energia); já com o terceiro olho aberto em demasia ficamos vulneráveis a níveis astrais e pensamentos de terceiros. Se o chakra básico estiver bloqueado e o da coroa aberto, podemos nos sentir aéreos e desorientados. Fechar os chakras e protegê-los deve ser um hábito como tomar banho e escovar os dentes.

Depois de recebermos Reiki ou praticarmos meditações ficamos com os chakras abertos e com o fluxo de energia aumentado; protegê-los nos garante manter a energia por mais tempo ao invés de sair distribuindo-a por aí indevidamente, ou melhor, deixando que seja sugada. 

Após cada trabalho realizado com o outro devemos desobstruir os nossos chakras. Os exercícios devem ser feitos em local silencioso, em posição confortável e livre de interrupções.

Exercício para abertura e fechamento dos chakras:

1) Sente-se em posição confortável, feche os olhos, realize algumas respirações lentas e profundas.
2) Volte a atenção para a base da coluna e visualize uma flor de lótus vermelha fechada que abre-se lentamente até desabrochar completamente, reluzindo energia.
3) Quando a flor estiver aberta volte a atenção para o segundo chakra (4 dedos abaixo do umbigo); visualize uma flor de lótus laranja fechada que vai se abrindo lentamente como a anterior e também cheia de energia.
4) Agora volte a atenção para o plexo solar (altura do diafragma) e visualize a flor de lótus amarela mais uma vez se abrindo e expandindo energia.
5) Siga para o chakra cardíaco (entre os mamilos), visualize o botão de lótus rosa aninhado no coração. Veja ele se abrindo e transformando-se numa linda flor reluzente de energia.
6) Passe ao chakra da garganta. Veja o botão de lótus azul claro se abrindo lentamente até se transformar num lindo lótus brilhando de energia.
7) Dirija a atenção para o terceiro olho (entre as sobrancelhas) e visualize uma flor de lótus azul escuro fechada que se abre lentamente até reluzir de energia.
8) Agora dirija a atenção para o chakra da coroa (no topo da cabeça); visualize um grande botão de lótus na cor violeta que se abre em mil pétalas que recebe energia cósmica para o seu centro. 
9) Quando terminar a meditação faça o caminho inverso, começando pelo chakra da coroa veja a flor de lótus se fechando em botão.
10) Agora veja o lótus do terceiro olho se fechando.
11) Volte a atenção para o chakra da garganta e veja o lótus se fechar.
12) Desça para o chakra do coração e veja o lótus se fechando.
13) Dirija a atenção para o plexo solar e veja o lótus se fechar.
14) Visualize agora o chakra sexual se fechando em botão.
15) E finalmente o chakra básico se fechando.

Obs.: Ao abrir os chakras eles se enchem de energia; ao fechá-los você protege sua energia.

Exercício de proteção de chakras:

1) Em pé, olhos fechados, faça algumas respirações lentas e profundas até sentir que entrou em alfa (um estado alterado de consciência onde se sente mais calmo(a).
2) Coloque sua mão dominante na frente do chakra básico (na altura do órgão sexual) e imagine que do centro da palma da mão sai uma energia vermelha que penetra no chakra, movimente a mão lentamente no sentido horário, fazendo círculos.
3) Quando sentir que foi o suficiente suba a mão para o segundo chakra (4 dedos abaixo do umbigo) e transfira da sua mão uma energia laranja (repetindo os movimentos do tópico 2).
4) Quando achar que foi suficiente passe ao plexo solar; transfira agora energia amarela (repetindo os movimentos do tópico 2).
5) Quando achar que foi suficiente passe para o cardíaco e transfira agora energia verde (repetindo os movimentos do tópico 2).
6) Quando achar que foi suficiente passe para a garganta e transfira agora energia azul clara (repetindo os movimentos do tópico 2).
7) Quando achar que foi suficiente passe terceiro olho; transfira agora energia azul índigo (repetindo os movimentos do tópico 2).
8) Quando achar que foi suficiente passe para o chakra da coroa e transfira agora energia violeta (repetindo os movimentos do tópico 2).
9) Quando achar que foi o suficiente volte a mão para o primeiro chakra para dar continuidade ao exercício, agora fechando os chakras e intencionando protegê-los de ataques energéticos e perda de energia;
10) Imagine que seu chakra é uma linda rosa aberta e com suas mãos feche suas pétalas, de modo que a rosa se feche em botão.
11) Repita o procedimento em todos os chakras.

(Texto Ramona Ferreira-Somos todos Um)

Desperte os sete chacras que existem no corpo com rituais fáceis de realizar. Aprenda os cheiros, pedras e cores que atuam nos chacras



Quando funcionam de forma harmoniosa, os sete centros energéticos distribuídos ao longo do nosso corpo garantem saúde física, emocional, mental e espiritual. Descubra as características associadas a cada um e o que você pode fazer para que eles trabalhem com força total:

Chacra da raiz, ou muladhara (em sânscrito, mula = raiz; adhara = base)
Situado na base da coluna, entre o ânus e os órgãos genitais. "Quando ele está saudável, a pessoa torna-se dinâmica, ativa e segura de si", afirma a especialista Maísa Misiara. Esse ponto luminoso nos recupera rapidamente de situações relacionadas ao estresse e afasta o envelhecimento precoce. Uma vez debilitado, é capaz de provocar insegurança e baixar a autoestima. Para acalmar esse centro energético, aplique uma ou duas gotas de óleo essencial de cedro, manjerona ou lavanda, diluídas em óleo vegetal ou álcool, na base do crânio ou em cima do chacra. "Se a intenção é estimulá-lo use alecrim, manjericão, pinho ou patchuli", indica a aromaterapeuta Alícia Goiriz.

Chacra umbilical, ou swadhisthana (em sânscrito, morada do Sol)
Localizado na região do baixo-ventre, quatro dedos abaixo do umbigo, rege o inconsciente coletivo, a expressão da energia sexual, a satisfação dos prazeres, a criatividade e a procriação. No plano físico, comanda os líquidos corporais - como a menstruação, o sangue, o esperma e as lágrimas - e os sistemas digestivo e reprodutivo. Em desequilíbrio, pode levar à depressão, à dependência emocional e a problemas renais, intestinais, circulatórios e de reprodução. Hiperativo, estimula demais a sexualidade. Para equilibrá-lo, mentalize a cor laranja na área do chacra. As pedras podem auxiliar nesse processo - use âmbar ou olho-de-tigre. Camomila, tangerina ou lavanda são ideais para tranquilizar esse centro energético. Para ativá-lo, vá de hortelã, alecrim, jasmim ou ilangue-ilangue. A aplicação dos óleos essenciais deve ser feita em cima do chacra ou no espaço situado entre as sobrancelhas.

Chacra do plexo solar, ou manipura (em sânscrito, cidade da joia)
Considerado o centro de poder do corpo, pois governa a vitalidade, a energia e os impulsos, esse chacra fica na altura do umbigo. Também está relacionado à assimilação das emoções, ao egocentrismo, ao apego, aos desejos e às ambições. No nível físico, está ligado ao pâncreas e, quando enfraquecido, pode facilitar o surgimento de azia, má digestão, úlcera e diabetes. Já no campo psíquico causa submissão e baixa autoestima. Quando muito estimulado, traz agitação. Ilumine a região localizada acima da cintura com a cor amarelo-ouro. A terapeuta de cristais Miriam Carvalho indica a utilização de citrino natural e topázio imperial. Espalhe, na base do crânio ou sobre o chacra uma ou duas gotinhas de óleo essencial de manjericão, verbena ou limão para acalmá-lo. Se a intenção for ativá-lo, opte por cravo, bergamota, patchuli ou pinho.

Chacra cardíaco, ou anahata (em sânscrito, centro do som inviolado)
Localizado no meio do peito, na altura da linha dos mamilos, é associado ao timo, ao coração e aos pulmões. Sua função é assegurar a imunidade. Esse chacra favorece a inteligência emocional e o desenvolvimento da capacidade de amar, perdoar e nutrir a compaixão. Bloqueado, pode causar tristeza, solidão e medos. No campo físico, pode provocar doenças respiratórias e cardíacas. Hiperativado, faz com que a pessoa busque atenção e afeto a qualquer custo. Para equilibrá-lo, visualize tons de verde ou rosa na altura do coração. Pedras recomendadas para ajudar na mentalização: esmeralda, quartzo verde ou rosa, turmalina melancia, que mescla as cores verde e rosa ou vermelha no centro, ou a pedra-da-lua, que é translúcida. Posicione-as em cima do chacra. De acordo com a especialista Alícia Goiriz, os óleos essenciais de sândalo, melissa ou manjerona são perfeitos para acalmar a energia no chacra do coração; já os de pinheiro, eucalipto, rosa e jasmim podem estimulá-lo.

Chacra laríngeo, ou vishuddhi (em sânscrito, purificação)
Localizado na região da garganta, esse chacra está associado à capacidade de comunicação dos pensamentos e sentimentos, ao desenvolvimento da generosidade e à evocação espiritual. Se desequilibrado, do ponto de vista físico, pode causar rouquidão e otite, e no nível psíquico, sensação de falência no poder de se expressar, introversão, apatia, tristeza e incapacidade de reconhecer as próprias necessidades. Muito estimulado, deixa o indivíduo crítico. Para equilibrá-lo, mentalize uma faixa azul-celeste envolvendo seu pescoço. Utilize quartzo azul, água-marinha, turquesa ou amazonita para ajudar no procedimento. Lavanda, camomila, cedro e manjerona são os aromas que conseguem suavizar o chacra laríngeo. Para ativá-lo, selecione hortelã, vetiver, gerânio ou patchuli. Aplique as gotas nas têmporas ou sobre a região da tireoide.

Chacra frontal, ou ajna (em sânscrito, comando)
Situado na base do nariz, no espaço entre as sobrancelhas, é a morada da intuição, do discernimento, da sabedoria e das atividades intelectuais. No corpo físico, governa o cérebro, a visão, as funções da hipófise e todo o equilíbrio fisiológico. Quando se encontra em harmonia, traz clareza e criatividade. Sem energia, estimula a confusão mental, o ceticismo e o medo do futuro; também pode desencadear enxaqueca e sinusite. Superativado, faz brotarem a arrogância e as obsessões. Para equilibrá-lo, imagine uma luz azul-índigo vibrando na região do chacra. Para reforçar a mentalização, utilize pedras como lápis-lazúli, azurita ou safira azul. Para acalmar o chacra frontal, escolha cedro ou lavanda. Para ativá-lo, gerânio, rosa, patchuli, alecrim ou cipreste são recomendados. Aplique as gotinhas nas têmporas ou na área do chacra.

Chacra da coroa, ou sahasrara (em sânscrito, mil vezes maior)
É além do topo da cabeça que se encontra o último chacra. No campo físico, está sutilmente relacionado ao funcionamento do cérebro e à glândula pineal. Aqui reside a realização espiritual e a essência do ser. Desenvolvido, proporciona o despertar da consciência plena e a comunhão com o divino. Em desequilíbrio, nos afasta do sentido espiritual da vida. Demasiadamente ativado, revela prepotência, arrogância e medo da morte. Para acessá-lo, imagine uma coroa nas cores violeta, branca ou dourada. Tenha perto cristal de quartzo, diamante ou ametista. Aromas capazes de estimular a energia do último chacra: alecrim, bergamota, hortelã, gerânio, jasmim e rosa. Para acalmá-lo, lavanda, olíbano ou mirra.

(Texto MdeMulher)

Como ocupar-se de si mesmo


"A maneira como você age quando está sozinho afeta o restante de sua vida", disse Chögyam Trungpa Rinpoche a seu filho Sakyong Mipham antes de sair para um retiro de meditação. 

Em geral, temos (ou criamos) poucas oportunidades para estarmos sós. Estamos tão viciados nos estímulos do mundo externo que automaticamente nos ligamos a eles até mesmo quando estamos a sós. 

Cada um sabe o que faz para manter-se ligado ao mundo externo quando está só: ver televisão, falar ao telefone ou entrar no Facebook... O ponto é que a maneira como nos ocupamos conosco é que nos leva a ter experiências de prazer ou de dor com o mundo externo.

Em geral, deixamos a mente solta como um cavalo selvagem que corre segundo seus hábitos e instintos. Se estamos habituados a sentir emoções negativas como raiva, medo ou ciúmes, não nos damos sequer a chance de sentir algo como confiança, empatia ou força de superação. Já nos sentimos derrotados no primeiro golpe.

O segredo está em saber se consultar internamente antes de agir impulsivamente. Quando tomamos as rédeas de nossa mente sem freios, desenvolvemos a capacidade tanto de intuir como de discriminar os sentimentos que devemos seguir e redirecionar aqueles que nos levam a agir gerando mais e mais sofrimento.

Jack Kornfield descreve em seu livro "Psicologia do Amor" (Ed Cultrix) os quatro princípios transformativos que o budismo nos inspira a seguir diante da dor emocional: reconhecimento, aceitação, investigação e não identificação. 

Por exemplo, quando estamos irritados. O simples ato de reconhecer nossa irritação como um assunto de âmbito interno já nos liberta das expectativas alheias em nos acalmar. 

A irritação é energia mal parada, mal elaborada, mal direcionada. Nossa mente fica oprimida, sem espaço, abafada. Sentimos calor e palpitações no coração. Qualquer estímulo surge como uma provocação: queremos distância, espaço e tempo! Ao nos darmos conta de nossa irritação como algo que precisamos resolver "em nossa própria casa" passamos de um estado estagnado para a liberdade de poder mudar. 

Uma vez que reconhecemos onde estamos, não adianta querer sair correndo, como se fosse possível fugir de nós mesmos. Aoaceitar o que percebemos que está acontecendo em nosso interior, adquirimos um estado sutil de relaxamento que nos dá condições de olhar mais claramente onde nos encontramos. 

Neste sentido, aceitar não significa acomodar-se à situação, mas, sim, posicionar-se diante de um novo ponto de partida. 

Quando recuperamos a capacidade de ficar diante da emoção destrutiva, podemos observá-la. Investigar significa olhar mais plenamente tanto o que se passa em nosso corpo como em nossa mente.

Feche os olhos para perceber melhor a parte do corpo que está mais afetada com o sentimento de irritação. Enquanto respira, focalize essa região, abrindo-se para assistir aos pensamentos e sensações que surgem espontaneamente. Na medida em que reconhecemos nossos sentimentos, abrimo-nos novamente para aceitá-los. Em seguida, investigamos a natureza impermanente dessas emoções. Será que esta experiência é tão sólida quanto a que estamos sentindo? Sabemos que a irritação é um estado passageiro, por mais longo que ele dure. Ao investigar como nos fixamos a esta experiência, passamos a compreender como sair dela.

No momento em que deixamos de nos agarrar à emoção negativa como nossa única possibilidade de existência, passamos a não mais nos identificar com ela e, assim, completamos o ciclo de transformação.

Jack Kornfield esclarece: "A não identificação significa que paramos de considerar a experiência como 'minha'. Nós vemos como a nossa identificação cria dependência, ansiedade e inautenticidade. Ao praticar a não identificação, nós inquirimos em relação a cada estado, experiência e história: "Isso é o que eu realmente sou?' Nós vemos o caráter provisório dessa identidade. Então, estamos livres para abrir mão e repousar na própria atenção".

Seguindo estes quatro passos, podemos tornar nossos momentos de solidão em verdadeiros atos de transformação!
(Texto Bel Cesar-site stum)

sexta-feira, 18 de maio de 2012

Paciência


Paciência capacita-nos a pensar e julgar claramente e a tornar possível o domínio de ações nervosas ou reações de pânico. Paciência acalma a pressa ou o desespero que iniciam atividades precipitadas ou mal intencionadas e, assim, menos erros são cometidos. A causa principal da impaciência é o desejo e seu irmão é a ganância que demanda “tudo agora”. Com paciência é possível redescobrir as qualidades internas positivas de si e, desse modo, pode-se criar um relacionamento digno e gratificante com Deus. Este é por si só o preenchimento de todos os desejos. Paciência dá à alma a habilidade de apreciar o momento e não ter nenhum desejo ou ansiedade em relação ao futuro. Assim como leva tempo para uma criança aprender a caminhar, falar e comunicar-se, apesar de seus momentos como bebê serem lindos e únicos, da mesma forma, paciência ajuda a alma a apreciar o processo de descoberta e aprendizagem, o que torna as recompensas do crescimento mais valiosas e duradouras. Com paciência podemos obter tudo, nada está além de nossa capacidade. Todas as coisas vêm àquele que é paciente.
Se existir paciência consigo, então haverá paciência e paz com os outros. Paciência significa polidez. Permitir que os outros experimentem e recebam primeiro o que é precioso para mim é uma grande caridade e isto resulta em felicidade interna. Paciência verdadeira também ajuda os outros a acostumarem-se com situações novas e idéias e a ajustarem-se a elas.
Comece a pensar sobre paciência. Por que ela é uma virtude? Como pode ser cultivada? Quais são os meus pensamentos quando estou sendo paciente? Quais são meus sentimentos? Quando é apropriado usar essa virtude? Se você tem tido dificuldade em exercitar a introversão e manter sua atenção em si mesmo, se você está sem sossego e acha difícil permanecer em silêncio, esta é uma oportunidade para praticar paciência com você mesmo. Reivindique a virtude da paciência como sua própria.
(Extraído do livro "As Virtudes Divinas”, de Karin Coyote, publicado pela Editora Brahma Kumaris) 

terça-feira, 15 de maio de 2012

Dê a volta por cima das rotinas da mente


Sentindo-se triste? Dance ou vá tomar uma ducha e veja a tristeza desaparecer de seu corpo. Sinta como a água que bate em você leva junto a tristeza, da mesma forma que leva embora o suor e a poeira de seu corpo.
Coloque sua mente em uma situação tal que ela não seja capaz de funcionar de maneira habitual. Qualquer coisa serve. Afinal, todas as técnicas que foram desenvolvidas ao longo dos séculos não passam de tentativas para distrair a mente e demovê-la dos velhos padrões.
Por exemplo, se você estiver se sentindo irritado, inspire e expire profundamente durante apenas dois minutos e veja o que acontece com a sua raiva.

Ao respirar profundamente, você terá confundido sua mente, pois ela não é capaz de correlacionar as duas coisas. "Desde quando", a mente começa a se perguntar, "alguém respira profundamente quando está com raiva? O que está acontecendo?"

A dica é nunca se repetir. Caso contrário, se toda vez que se sentir triste você for para o chuveiro, a mente transformará isso num hábito. Após a terceira ou quarta vez, ela aprenderá: "Isso é algo permitido. Você está triste, então é por isso que está tomando uma ducha." Nesse caso, a ducha irá apenas transformar-se em parte de sua tristeza. Seja inovador, seja criativo. Continue confundindo a mente.
Seu companheiro diz algo e você se sente irritado. Em vez de bater nele ou jogar alguma coisa em sua direção, mude o padrão do pensamento: dê-lhe um abraço e um beijo. Confunda-o também! De repente, você perceberá que a mente é um mecanismo e que ela se sente perdida com o que é novo.

Abra a janela e deixe novos ventos entrarem
.
(Osho)




sexta-feira, 11 de maio de 2012

12 Maneiras de jogar energia fora


Todas as vezes que escrevo sobre energias, mais precisamente sobre o relacionamento energético entre os seres humanos, recebo dezenas de mensagens de leitores reclamando e pedindo soluções para o roubo de energia. Essas pessoas sempre apontam colegas de trabalho, familiares, amigos e determinados locais como os responsáveis pela sua debilidade energética. Não posso negar que realmente existem pessoas complicadas e ambientes não muito agradáveis.
Hoje chamaremos a atenção de vocês para alguns aspectos importantes. Por mais que existam pessoas desequilibradas e difíceis nós é que somos responsáveis pelas nossas energias e cabe a cada um de nós preservá-la e administrá-la da melhor forma possível. Existem “receitinhas”, orações, banhos, cristais e um arsenal de proteção, que são válidos e eficientes até um certo ponto. Porque aquele que não assume a responsabilidade por suas venturas e desventuras sempre estará vulnerável às energias ao seu redor.
Sabe por que o outro rouba a sua energia? Porque você deixa a porta aberta!!! E depois ainda diz que a culpa é do outro… Para ajudar a refletir, fiz uma listagem de doze atitudes (e olhe que a lista é imensa!) que gastam uma tremenda energia vital. Uma vez desvitalizado e sem proteção fica fácil para qualquer um chegar perto e perturbar seu equilíbrio. Use esta listagem também para pensar porque a prosperidade às vezes passa longe de você. A energia que seria usada para atrair o bem, a felicidade, o amor, o dinheiro acaba sendo gasta de forma inadequada. Confira a listagem e veja o que precisa ser modificado em sua vida!

 

1. A falta de cuidado com o corpo e hábitos errados

Descanso, boa alimentação, hábitos saudáveis exercícios físicos e o lazer sempre são colocados em segundo plano. A correria da vida diária e a competitividade das grandes cidades faz com que acabemos negligenciando aspectos básicos para a manutenção de nossa saúde energética. Quando a saúde física está comprometida, a aura se ressente, ficando menor e menos brilhante, comprometendo nosso sistema de defesa energético. Os exercícios físicos são sempre úteis por nos ajudar a movimentar e eliminar as energias estáticas. As pessoas que são dependentes químicos apresentam verdadeiros rombos na aura e isso as predispõe a toda sorte de assédios espirituais e vampirismo energético.
 

2. Pensamentos obsessivos

Pensar gasta energia e todos nós sabemos disso: ficar remoendo um problema cansa mais do que um dia inteiro de trabalho corporal. Quem não tem domínio sobre seus pensamentos e esse é, aliás, um mal do homem ocidental, torna-se escravo da mente e acaba gastando muita energia. Pensamos tanto que não sobra vitalidade para tomar uma atitude concreta e, o pior, alimentamos ainda mais o conflito.
Devemos não só estar atentos ao volume de pensamentos, mas também à qualidade deles.Pensamentos positivos, éticos e elevados nos recarregam, ao passo que a negatividade e pessimismo consomem energia e atraem mais negatividade para nossas vidas. Observe: pensando você conseguiu resolver o problema? Quase sempre a resposta é ‘não’. Então, mude de atitude.
Relaxe, use uma música suave e entregue o problema para o universo resolver. Mesmo que isso aconteça apenas por alguns poucos minutos. Durante esse tempo sua mente estará descansando. Quando a mente silencia, permite que sua intuição, seu anjo da guarda, Deus, Eu Superior ou o que você acreditar, converse com você e lhe traga inspiração e criatividade  e isso se reverte em mais energia. Os meus alunos têm semanalmente 2 horas para fazer isso, o resultado é muito bom. Que privilégio, não?!!!!
 

3.  Sentimentos tóxicos

Se você sofre um choque emocional ou sente uma raiva intensa, pode estar certo, até o final do dia estará simplesmente esgotado energeticamente. Juntamente com a raiva você queimou altas doses de sua energia pessoal. Imagine agora um ser que nutre ressentimentos e mágoas, às vezes durante anos seguidos. De onde você acha que vem o combustível para alimentar esses sentimentos tão densos? Não é à toa que muitas dessas pessoas ficam estagnadas e não são prósperas, afinal, a energia que alimenta o prazer, o sucesso e a felicidade está sendo gasta na manutenção de sentimentos negativos.
Medo gasta energia, culpa também, já a ansiedade descompassa a vida. Por outro lado, os sentimentos positivos e elevados, como a amizade, o amor, a confiança, o desprendimento, a solidariedade, a auto-estima e principalmente a alegria e bom humor recarregam nossa energia e nos dão força para empreender projetos e superar obstáculos.
 

4. Fugir do presente

Onde eu coloco a minha atenção aí coloco a minha energia. É tendência freqüente do ser humano achar que no passado as coisas eram mais fáceis: ‘bons tempos aqueles!”. Tanto os saudosistas, que se apegam aos prazeres do passado, quanto aqueles que não conseguem esquecer os traumas e desatinos de tempos atrás, estão colocando suas energias no passado.
Por outro lado temos os sonhadores ou aqueles que vivem numa eterna expectativa do futuro, depositando nele sua felicidade e realização. Viver no tempo passado ou futuro faz com que sobre pouca ou nenhuma energia no tempo presente. E é somente no presente que você constrói sua vida. O passado e o futuro dependem unicamente do seu momento presente. Aquele que vive sempre no tempo errado não tem em mãos uma dose de energia suficiente para se proteger das energias e locais densos.
 

5. Falta de perdão

Perdoar significa soltar. Soltar ressentimentos, mágoas, culpas. Soltar o que aconteceu e olhar somente para a frente e viver o presente. Quanto mais perdoamos, menos bagagem interior carregamos e gastamos menos energia alimentando feridas do passado. Mais do que uma regra religiosa, o perdão é uma atitude inteligente daquele que busca viver bem e quer seus caminhos livres e abertos para a felicidade. Aquele que não sabe perdoar os outros e a si mesmo, fica ‘energeticamente obeso’, carregando fardos do passado e isso requer muita energia.
 

6. Mentira pessoal

Todos nós mentimos ao longo de nossas vidas e sabemos quanta energia é gasta posteriormente para sustentar a mentira e, quase sempre, acabamos sendo pegos. Imagine agora quando ‘você é a mentira’. Quanta energia gastamos para sustentar caras, poses, desempenhos que não são autênticos!!! Somos educados para desempenhar papéis e não para sermos nós mesmos. A mocinha boazinha, o machão, a vítima, a mãe extremosa, o corajoso, o pai enérgico, a mártir, o intelectual, a lista é enorme. Quando somos nós mesmos a vida flui e tudo acontece com pouquíssimo esforço. O mesmo não é válido quando queremos desempenhar um papel que não é o nosso.
 

7. Viver a vida do outro

Ninguém vive só, através dos relacionamentos interpessoais evoluímos e nos realizamos. Mas é preciso ter noção de limites e saber amadurecer também nossa individualidade. Esse equilíbrio que traz senso de limite e respeito por si e pelo espaço do outro nos resguarda energeticamente e nos recarrega. Quem cuida da vida do outro, sofrendo seus problemas e interferindo mais do que é recomendável, acaba não tendo energia para construir sua própria vida. O único prêmio, nesse caso, será a frustração. Quandointerferimos na vida alheia, nos misturamos com o carma negativo do outro e trazemos isso para nossa vida.
 

8. Bagunça e projetos inacabados

A bagunça afeta de forma muito negativa as pessoas, causando confusão mental e emocional. Um truque bem legal para os períodos confusos é arrumar a casa, os armários, gavetas, a bolsa, os documentos e tudo o que mereça uma boa faxina. À medida em que ordenamos e limpamos os objetos, também colocamos em ordem a mente e o coração. Pode não resolver o problema, mas nos ajuda bastante e traz um grande alívio.
Outra forma bem eficiente de perder energia é não terminar tarefas. Todas as vezes, por exemplo, que você vê aquela blusa de tricô que não concluiu, ela lhe diz inconscientemente: “você não me terminou! Você não me terminou! E isso gasta uma energia tremenda! Ou você termina definitivamente a blusa ou livre-se dela e assuma que não vai terminá-la. O importante é tomar uma atitude.
O desenvolvimento do auto-conhecimento, da disciplina e da determinação farão com que você não invista em projetos que não serão concluídos e que apenas consumirão tempo e energia.
E lembre-se, bagunça e sujeira são ótimas moradas para energias densas e desarmoniosas.
 

9. Afastamento da Natureza

A Natureza é nossa maior fonte de alimento energético e, além de nutrir, também nos limpa das energias estáticas e desarmoniosas. O homem moderno, que habita e trabalha em locais muitas vezes doentios e desequilibrados, vê-se privado dessa fonte maravilhosa de energias.
A competitividade, o individualismo e o estresse das grandes cidades agravam esse quadro e favorecem o vampirismo energético, onde todos sugam e são sugados em suas energias vitais. Procure, sempre que possível, estar junto à Natureza. Você também pode trazê-la para dentro de sua casa ou local de trabalho. Além de um ótimo recurso decorativo, as plantas humanizam os ambientes, nos acalmam e absorvem as energias negativas e poluentes.
 

10. Preguiça, negligência

E falta de objetivos na vida. Esse ítem não requer muitas explicações: negligência com a sua vida denota também negligência com seus dons e potenciais e, principalmente, com sua energia vital. Aquilo do que você não cuida, alguém vem e leva embora. O resultado: mais preguiça, moleza, sono….
 

11. Fanatismo

Passa um ventinho: “Ai meu Deus!!!! Tem energia ruim aqui!!!” Alguém olha para você: “Oh! Céus, ela está morrendo de inveja de mim!!!” Enfim, tudo é espírito ruim, tudo é energia do mal, tudo é coisa do outro mundo. Essas pessoas fanáticas e sugestionáveis também adoram seguir “mestres e gurus” e depositar neles a responsabilidade por seu destino e felicidade. É fácil, fácil manipular gente assim e não só em termos de energia, mas também em relação á conta bancária.bém em relação à conta bancária!
 

12.  Falta de aceitação

Pessoas revoltadas com a vida e consigo mesmas, que não aceitam suas vidas como elas são, que rejeitam e fazem pouco caso daquilo que têm. Esses indivíduos vivem em constante conflito e fora do seu eixo. E, por não valorizarem e não tomarem posse dos seus tesouros – porque todos nós temos dádivas – são facilmente ‘roubáveis’.
O importante é aprender a aceitar e agradecer tudo o que temos (não confundir com acomodação). Quando você agradece e aceita fica em estado vibracional tão positivo que a intuição e a criatividade são despertadas. Surgem, então, as possibilidades de transformar a vida para melhor!
 

Vera Caballero é  Professora de Yoga, numeróloga, terapeuta floral, reiki master, massoterapeuta, ministra cursos e palestras sobre Bioenergias. 

sábado, 5 de maio de 2012

O poder da intuição

Nada será impossível de ser realizado se usarmos a nossa intuição. O seu poder vem das energias mais profundas do nosso “EU” com as forças das energias invisíveis. Com essas energias, conseguiremos refazer situações aparentemente perdidas e também realizar grandes sonhos.

Devemos prestar a máxima atenção aos sinais da intuição, pois eles sempre estarão presentes. Esses sinais nos são revelados em questão de segundos. Depois disso deixam de ser intuição e passam a ter um valor material, isto é, a nossa mente toma consciência do que aconteceu e, na maioria das vezes, começa a trabalhar tomada pela insegurança e pelo medo de poder não estar fazendo a coisa certa. Essa sensação pode nos fazer perder grandes oportunidades de sucesso.

Estamos sempre fazendo um pedido aos céus, mas por outro lado não damos a devida atenção ao que nos vem de forma clara e verdadeira sem o auxílio da razão. Às vezes, passamos a trilhar por caminhos distintos daqueles que originalmente foram traçados, sem sabermos ao certo o que nos fez mudar de rumo, mas o que acontece é que simplesmente seguimos a nossa intuição. Ao segui-la, mesmo desviando da ideia pensada inicialmente, o prazer da realização de um sonho será o mesmo.

É comum nos perguntarmos o que podemos fazer para atingirmos um resultado desejado. Primeiramente precisamos saber pedir, ou melhor, precisamos pedir com fé, com a certeza de que seremos atendidos. Em seguida, pedimos para sermos guiados pelas energias dos bons espíritos e pela força do suave e bondoso vento do universo. Eles nos revelarão o caminho que devemos seguir. Deixemos de lado a ansiedade e a preocupação. Elas não nos ajudarão em nada.

A resposta virá pela intuição, a qual se manifestará pela inspiração, por um texto de um livro, por um artigo, pela palavra de um amigo ou por um anjo materializado. Às vezes, bate no coração uma vontade de ajudar alguém na rua, um pedinte, e mesmo sabendo que não devemos incentivar estas atitudes, encontramos alguém que toca mais forte na nossa sensibilidade, e acabamos por dar um auxílio. É a intuição que te fará sentir o merecimento daquela ajuda. Ela vai bater no seu coração, do nada. É uma ideia, uma mudança de rumo repentina. Por isso, devemos estar sempre atentos ao momento presente, pois, por ser rápida demais, os primeiros 30 segundos serão primordiais para tomarmos uma atitude verdadeira.

A intuição é sempre mais forte aos que têm o costume de doar-se. O doar abre os caminhos do merecimento. A alegria de doar-se será dobrada ao receber. 

Quando jovem eu conheci um senhor que todos chamavam de Dr. Levi. Ele era médico e tinha um hospital onde tratava de pessoas pobres. Ali, todos que não tinham onde morar ficavam abrigados. Porém, todos tinham que trabalhar para sua alimentação e para alimentar os enfermos. Dr. Levi tinha o costume de apanhar mendigos na rua para ajudá-los. Quando ficavam bons e não tinham para onde ir, ele, mais uma vez, estendia a mão dando-lhes trabalho e moradia. Por se tratar de uma instituição que não possuía ajuda do governo, eram feitas festas para arrecadar fundos para mantê-la. Em uma destas festas, eu e o meu pai estávamos presentes. Percebi que, em um determinado momento, um funcionário disse ao Doutor Levi: “Senhor, o pão do cachorro quente está no fim, pois nós não contávamos com tanta gente!” Dr. Levi rapidamente respondeu: “Fica tranquilo meu filho, o pão já está chegando.” Impressionado, o rapaz falou: “Como, Doutor? Está tudo fechado, é domingo, não há como comprar pão para tanta gente!” Doutor Levi volta a responder: “Meu filho, já está chegando.” O rapaz, não satisfeito, disse: “Senhor, eu não encomendei, e não vi nenhum pedido feito pelo senhor também.” Com calma, o doutor falou: “Acalme-se, logo o pão chegará. Está tudo bem.” A festa prosseguiu quando, de repente, ouvimos uma buzina no portão. Dr. Levi chama o rapaz para irem juntos ver do que se tratava. Era um caminhão da Plus Vita, carregado de pão. O motorista falou: “Vocês podem me informar onde fica a padaria? Não lembro o endereço.” Dr. Levi disse: “O senhor não sabe que está tudo fechado a esta hora? Hoje é domingo!” Responde o motorista: “Pois é, eu me perdi. Fiquei rodando, o tempo foi passando, até que ouvi o barulho daqui e resolvi bater e perguntar.” “O que você carrega?” Perguntou Dr. Levi. “Eu carrego pão”, respondeu o rapaz. Doutor Levi sugeriu, para que ele não tivesse prejuízo, comprar os pães, até por que o rapaz também o estaria ajudando a resolver o seu problema. O motorista aceitou. Entrou com o caminhão, descarregou e ficou fazendo parte da festa, até ajudando a servir. Eu estava presente, e isso tudo está registrado em um livro que publicaram após a morte do nobre Dr. Levi. Foram essa e outras tantas histórias que marcaram a vida de um homem que tinha uma intuição forte e precisa pelo belo costume de se doar sempre. 

Somos nós que limitamos a intuição. Ela, na verdade, está presente em todos os instantes. Por falta de atenção ao momento presente, ao agora, aos instantes, é que impedimos que seja revelada. Podemos dizer que a intuição são sopros divinos, vindos de todos os lados aos nossos ouvidos, com a sincera intenção de nos ajudar na caminhada rumo aos nossos objetivos, aos nossos sonhos.

Texto Bernardino Nilton Nascimento - Site STUM

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Auto Reflexão

Certa vez contei uma mentira a um homem. Ele respondeu dizendo me isto,
- Todas as decisões que devo tomar serão baseadas nas suas palavras.
Desde então, eu só disse a verdade.
Certa vez reclamei de um presente que recebi, porque não era o que eu queria. Aquele que me presenteou percebeu o desapontamento em meus olhos e disse-me isto,
- Escolhi o presente mais valioso que poderia encontrar, porque achei que você deveria ter um deste.
Desde então, fico muito alegre com cada presente que recebo.

Certa vez um homem contou-me um segredo, o qual eu sussurrei baixinho no ouvido de um outro amigo. O homem disse-me isto, depois de ouvir seu segredo repetido, - A razão pela qual contei-lhe o segredo foi porque confiei em você, não em seu amigo.
Desde então, não confio assim tão facilmente.

Certa vez dei um presente a uma amiga e ela chorou. Me desculpei por ser um presente tão pequeno mas era o que eu tinha encontrado. E ela me respondeu,
- Não há nada de errado com o presente, estou emocionada porque você lembrou-se de mim.
Desde então, eu dou presentes freqüentemente.
Estava tentando apenas ser eu mesmo, passando despercebido sem chamar atenção. E me foi dito isto,
- O fato de você não se adequar faz com que você fique fora de tudo.
Desde então, eu penso sobre isto.

Eu sou o CENTRO de MEU UNIVERSO mas eu não vivo aqui sozinho.
Cada movimento que faço cria uma onda no oceano do outro.
Cada vez que respiro eu afeto todo o ar a minha volta.
Cada palavra que expresso bate no ouvido de alguém.
Aquilo que eu toco é sentido por outra pessoa.
Aquilo que faço, certamente afetará alguém.
O que não faço, também afetará pessoas.
Nós nunca sabemos a distancia realmente alcançada por algo que falamos ou fazemos até que nos retorne...
Todas as coisas na vida formam um círculo e estamos no meio dele, quer o vejamos ou não...
E tudo que devo fazer é criar agradáveis ondas, aquelas que envolvem calorosamente tudo em torno de mim, e que voltam suaves, fazendo por sua vez que eu crie, cada vez mais, ondas agradáveis. 

"Tradução e adaptação de Sergio Barros"










quinta-feira, 3 de maio de 2012

Para descansar a Alma

Arranje um cantinho sossegado e uma almofada gostosa. Acenda um incenso de sândalo. Sente-se com as costas bem retas. Coloque as mãos sobre os joelhos, com as palma para a direita, de movimentos maiores a movimentos menores, como um pêndulo, até encontrar o centro de equilíbrio do corpo.
Pare aí. Inspire profundamente e solte o ar lenta e completamente pela boca. Relaxe os ombros. Inspire novamente e solte o ar pela boca. Então cerre os lábios, coloque a ponta da língua no céu da boca e respire pelas narinas. Mantenha os olhos entreabertos, apenas pousados a sua frente.
Ouça todos os sons. Sinta todas as fragrâncias. Perceba o ar, a temperatura em sua pele. Você está pensando? Ou não está pensando? Verifique sua postura. Costas eretas. Cabeça como se um fio puxasse para o céu. Pernas firmes pela força da gravidade. Não julgue. Nem certo nem errado, nem bonito nem feio. Seja. Apenas sentar. Intersendo com tudo que existe. Que bom estar viva. Este instante aqui e agora é o céu e a terra. Isso é tudo. Tudo é nada.
(Monja Coen Sensei)